Conheça NANO – Uma criptomoeda com transações gratuitas e instantâneas

Quando Satoshi criou a Blockchain, possibilitando a existência da primeira moeda digital decentralizada e funcional, o Bitcoin, provavelmente não previu as consequências do número de usuários escalar para o tamanho que é hoje. Alguns problemas emergem com a quantidade de transações e nós na Blockchain, alguns especialmente ligados a moedas com autenticação do tipo “Proof-of-Work”’, caso do Bitcoin e, também, do Nano. Os principais problemas relacionados à escalabilidade, nesse caso, são a velocidade das transações, a demora de confirmação e o alto consumo de energia elétrica e recursos para mineração. Outro tipo de protocolo de confirmação popular, o “Proof-of-Stake’’, resolve alguns desses problemas – mas não todos – e beneficia os validadores com já muitos fundos para assegurar o sistema, deixando menos espaço para os novos. O Nano optou por continuar com o PoW, mas reconstruiu-o completamente, criando um protocolo de confirmação único, diferente de tudo que se conhece, no qual cada carteira possui seu própria Blockchain. Dessa forma, o Nano introduziu um método totalmente novo para resolver esses problemas.

Demora na confirmação das transações

Média semanal do tempo de confirmação do tempo de confirmação para uma transação de Bitcoin para os últimos 60 dias.

Fonte: https://Blockchain.info/pt/charts/avg-confirmation-time?timespan=60days&daysAverageString=7

Com o crescimento do número de nós contendo a Blockchain do Bitcoin (e de outras criptomoedas, como o Ethereum) e, é claro, com o aumento do número de transações, o tempo de espera para confirmação de transações se tornou incrivelmente alto, havendo períodos de alta que duraram meses no qual o tempo de confirmação para uma única transação passava de várias horas. Isso melhorou muito desde a adoção do SegWit (uma tecnologia que faz com que os nós precisem verificar apenas uma parte menor e essencial de cada bloco, diminuindo o tempo de verificação significantemente). Na última semana da escrita deste artigo, a média do tempo de confirmação para uma transação era de cerca de 24 minutos, sendo, ainda assim, totalmente inviável para transferências do dia-a-dia, como pagar um vendedor de cachorro-quente.

Alto custo por transação

Como há um número limitado de blocos que podem ser adicionados por segundo e muitas transações na fila, conseguir que sua transação seja colocada em um bloco rapidamente por um minerador é um item de luxo. No momento da escrita deste artigo, a transacrition fee mediana (mediana do preço necessário a ser pago a um minerador pra ter sua transação adicionada a um bloco) estava a US$1,066. Ontem, estava a US$2,103. Usuários podem escolher ter sua transação adicionada ao bloco mais rápido optando por uma transaction fee mais alta e, assim, selecionando mineradores com os melhores equipamentos e que farão esse trabalho mais rapidamente. Novamente, esse valor pode ser significativo para transações de pequeno porte, tornando-as inviáveis.

Gasto de energia e recursos

Como o mercado de mineração está cada vez mais competitivo, novas ASICs (dispositivos feitos especificamente para mineração) são desenvolvidas e substituem as antigas o tempo todo. Como a “dificuldade” para computador um número (chamado nonce) aumenta proporcionalmente ao poder computacional total disponível para a rede, quanto mais mineradores, mais “difícil” fica seu trabalho, exigindo, comparativamente a um mercado com menos mineradores, uma quantidade de energia e aparelhos que ficam obsoletos muito rápido, gastando uma quantidade significativa de recursos.

Nano é a alternativa ideal para transações do dia-a-dia

O Nano distorceu a ideia de Blockchain implementando a tecnologia Directed Acyclic Graph (DAG), em 2014. A mesma tecnologia foi adotada pela IOTA um pouco depois.

Nesse modelo, cada usuário possui sua própria Blockchain e minera seus próprios blocos. Sim, o “registro de todas as transações já feitas” não acontece de uma só vez. Cada usuário possui uma Blockchain que se comunica com as outras da rede NANO ao fazer transações. Os blocos são pré-minerados pelo próprio usuário, para que, quando este quiser fazer uma transação, ela aconteça quase instantaneamente, pois o bloco já está pronto. Diferente do comum, na Blockchain do Nano, ao invés de ficarem registrados os valores das transações, ficam os saldos do usuário antes e depois de cada transação.

Cada conta possui seu própria Blockchain

Fonte: “Nano: A Feeless Distributed Cryptocurrency Network” (whitepaper)

Sendo assim, existem dois tipos de blocos, o “send” e o “receive”. Quando um usuário faz uma transação, envia para a Blockchain do recebedor as informações de saldo com sua assinatura, verificando seu própria Blockchain, que já tem um bloco pronto pré-minerado para isso e, caso esteja online, verificará a transação e a considerará completa. O usuário ainda pode indicar alguma outra Blockchain como “representante” para verificar transações por ele, caso ele não esteja online no momento.

Anatomia de um bloco “send”

Fonte: “Nano: A Feeless Distributed Cryptocurrency Network” (whitepaper)

Anatomia de um bloco “receive”

Fonte: “Nano: A Feeless Distributed Cryptocurrency Network” (whitepaper)

A simplicidade no processo de verificação do Nano é o que faz com que a moeda seja tão prática para compras do dia a dia. Enquanto no Bitcoin e moedas similares é necessário pagar caro por uma transação e esperar um bom tempo para confirmação, no Nano, isso é instantâneo.

Nano e o mercado

Depois do crash de capitalização de mercado das criptomoedas, a partir de abril, foi possível observar um retorno desse crescimento, impulsionado principalmente pelas altcoins.

Essa é a taxa de crescimento do Nano nos últimos 6 meses, em porcentagem:

Essa é a do Bitcoin:

Fonte: tradingview.com

Apesar de ambos terem perdido valor, o Bitcoin ficou com porcentagem negativa por quantidade de tempo e em magnitude maior que a do NANO. Em comparação, a diferença entre o crescimento do Bitcoin em relação ao Nano foi de 10%. Comparando o crescimento de um ano, o NANO cresceu em média 2000%, enquanto o BTC cresceu 130%. A curto prazo, no entanto, o cenário se inverte: o Bitcoin perdeu 30% de valor frente a mais que o NANO no último mês.

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