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Ex-analista da CIA: terroristas islâmicos começaram a usar Bitcoin para levantar fundos

Os grupos associados aos extremistas islâmicos estão mostrando crescente interesse em arrecadar dinheiro usando Bitcoin. Isto foi afirmado pelo conselheiro de segurança nacional dos EUA, Yaya Fanusie, escreve a CoinDesk.

Em um relatório publicado no site Cypher Brief, um ex-analista da CIA informou sobre quatro casos identificados de tais atividades.

“Minha teoria é de que o aumento do interesse em Bitcoin em todo o mundo levou certos grupos a prestarem atenção a ele. Isso aconteceu há cerca de um mês, quando o preço do Bitcoin superou a marca de US$10 mil”, disse Fanusie.

Segundo o conselheiro, a Fundação para a Defesa das Democracias, que consulta organizações públicas e privadas em questões de segurança nacional, pela primeira vez identificou quatro tentativas em menos de um ano de angariação de fundos usando criptomoedas por organizações terroristas.

Apesar de os fundos coletados por esses grupos ainda serem muito pequenos, Fanusie observou que este é apenas o primeiro “sinal de alarme”:

“Se você está interessado em espalhar criptomoedas, não pode fechar os olhos para intrusos que tentam usá-las. Se isso acontecer, a sociedade e os governos devem estudar e entender a situação atual”

Vale ressaltar que durante sua investigação, Fanusie não usou nenhum método ou fonte secreta da CIA, mas sim sites comuns de internet. Em particular, a informação foi encontrada nas páginas de propaganda do grupo extremista Al-Qaeda e do Estado islâmico (EIIL), bem como nos sites do grupo de monitoramento dos jihadistas e do instituto de pesquisa israelense que estuda essas atividades.

Alguns padrões gerais também foram revelados durante a investigação. Por exemplo, depois que os endereços de Bitcoin associados à coleção de dinheiro foram publicados em sites públicos, eles começaram a ser promovidos no Facebook e no Telegram. Conforme indicado no relatório, ambas as redes sociais eventualmente bloquearam tais usuários, mas logo novas contas surgiram em seu lugar.

No entanto, a maioria dos endereços de Bitcoin publicados não conseguiu atrair fundos, e o “melhor” deles recebeu apenas cerca de US$685 em BTC para “construir um acampamento na Síria e atrair reforços”.

Um pouco mais tarde, 0,0757 BTC (cerca de US$1.389) chegaram a outro endereço, que, ainda de acordo com o relatório, foi associado a extremistas. Desta vez, os objetivos declarados foram mais prosaicos: pagamento para hospedagem e manutenção do site. De acordo com Fanusie, até 19 de dezembro esses fundos não tinham sido gastos.

“Em geral, essas campanhas não tiveram muito sucesso. Porém, cada centavo é importante, disse.

Apesar de os fundos coletados serem pequenos, Fanusie expressou a preocupação de que métodos cada vez mais astutos são usados nas campanhas. Por exemplo, o Centro de Informação Israelense Meir Amit para o Estudo do Terrorismo relata um caso em que um site identificado como “apoiante do EIIL” lançou uma campanha de angariação de fundos baseando-se no site CoinGate.

Por sua vez, representantes da CoinGate disseram que “bloquearam o usuário antes da publicação do relatório”. No entanto, de acordo com Fanusie, o site Akhbar al-Muslimeen gerou pelo menos uma dúzia de endereços de Bitcoin para hospedagem no site, que estava aceitando doações diretas.

“Isso demonstra alguma sofisticação técnica por parte dos administradores do site, pois eles parecem ter se livrado da necessidade de pontoos de câmbio digitais. Além disso, o site gerou vários endereços de Bitcoin ao mesmo tempo, o que torna difícil rastrear doações”, diz o relatório de Fanusie.

Vale ressaltar que Fanusie acrescentou que graças à natureza pseudônima do Bitcoin (diferente de anônima), os tecnólogos na prática não fornecem proteção tão confiável quanto as organizações extremistas pensam, sendo que ainda assim, isso pode mudar no futuro.

Seu relatório observa que, embora as criptomoedas possam ajudar pessoas que não conseguem abrir uma conta bancária a obter acesso a serviços financeiros, o desenvolvimento de protocolos de anonimização pode atrair ainda mais terroristas.

“Caso o anonimato se torne mais comum no mundo de criptomoedas, será que teremos o mesmo problema que tivemos com a criptografia do iPhone há alguns anos? Isso me preocupa antes de tudo, concluiu Fanusie.

Lembramos que recentemente, se tornou conhecido que uma residente de Nova York foi suspeita de financiar o EIIL através do uso de Bitcoin.

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