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Banco Central do Zimbábue: Bitcoin é popular, não legal

O chefe do Banco de Central do Zimbábue (RBZ), Norman Mataruka, lembrou que o Bitcoin não tem status legal neste país.

O chefe do Banco de Central do Zimbábue (RBZ), Norman Mataruka, lembrou que o Bitcoin não tem status legal neste país. Isto foi relatado pelo jornal local Chronicle.

“Quanto ao Bitcoin, até onde podemos julgar, não é realmente legal. Como reguladores, dissemos que não permitimos [o Bitcoin] nos mercados da África do Sul”, acrescentou Mataruka.

A formulação da frase, no entanto não é inteiramente clara – significa simplesmente a falta de status do Bitcoin, ou é uma questão de possível proibição? De acordo com a publicação, anteriormente, o RBZ era bastante tolerante em relação ao dinheiro virtual. O banco não negou as vantagens econômicas das moedas criptográficas, mas advertiu usuários e empresas quanto ao seu uso.

Vale ressaltar que Mataruka acrescentou que, atualmente, a instituição está estudando os riscos potenciais associados às criptomoedas. Ao mesmo tempo, o “Bitcoin não será permitido” até que o banco tenha desenvolvido um quadro legal e regulamentar apropriado.

O Zimbábue é um país com inflação recorde, motivo pelo qual, em 30 de junho de 2009, a moeda nacional simplesmente deixou de existir. Desde então, os residentes do país passaram a fazer pagamentos e receber em dólares, euros ou moedas de estados vizinhos com uma economia mais estável, enquanto também sofriam com uma aguda escassez de moedas estrangeiras. Além disso, os bancos impuseram restrições cambiais rigorosas na emissão, e os caixas eletrônicos foram logo esvaziados. A única maneira que muitos zimbabuenses encontraram de sair dessa situação deplorável foi Bitcoin.

No final de outubro, o preço do Bitcoin no país aumentou de forma incomparável, em relação a outros sites, tendo passado pela marca de US$ 10 mil. Após cerca de um mês, a situação no país tornou-se ainda pior: com o golpe militar no Zimbábue e o afastamento do presidente Robert Mugabe, o preço do BTC na corretora de criptomoedas local – Golix –  saltou para US$14mil.

O Banco Central do Zimbábue ainda decidirá sobre a proibição do Bitcoin, sendo que se isso vier a ocorrer, esse instrumento de pagamento pode desaparecer do país.

Também vale à pena notar que o Banco Central da Namíbia, país vizinho ao Zimbábue, no mês passado proibiu oficialmente o funcionamento das Exchanges e o uso de ativos criptográficos para pagar bens e serviços.

“Além do fato de que o banco não reconhece as moedas virtuais como legítimas na Namíbia, também não as reconhece como moedas estrangeiras, que podem ser trocadas pelas locais”, diz o comunicado.

NOTA

É interessante ver como um governo – que diz fazer o melhor para o povo – prefere ver esse mesmo povo morrer de fome e passar necessidade que usar o Bitcoin. A população deveria perguntar: afinal, de que lado eles realmente estão? Ao meu ver, a resposta é bom simples: eles sempre estão do lado dos grandes bancos e instituições que lucram com a miséria da população. Governo nenhum do mundo deve ter o direito de dizer que os cidadãos devem morrer de fome antes de usar o Bitcoin (como é o caso da nossa vizinha Venezuela).

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