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Blockchain no combate ao tráfico de crianças na Moldávia

A Tecnologia Blockchain chegou com uma proposta totalmente inovadora que balançou o mercado financeiro. No entanto, as vantagens da tecnologia não se limitam a esse âmbito. É pensando nesse contexto que um novo projeto pretende usar a Blockchain para salvar a vida de crianças na Moldávia.

A Tecnologia Blockchain chegou com uma proposta totalmente inovadora que balançou o mercado financeiro. No entanto, as vantagens da tecnologia não se limitam a esse âmbito. É pensando nesse contexto que um novo projeto pretende usar a Blockchain para salvar a vida de crianças na Moldávia.

Infelizmente, o tráfico humano não ficou no passado e é uma realidade que destrói a vida de muitas pessoas. De acordo com organizações escravistas, estima-se que cerca de 40 milhões de pessoas sejam forçadas à escravidão. Surpreendentemente, esse repugnante mercado gera aos traficantes cerca de US$150 bilhões de lucro por ano.

Vulnerabilidade

Segundo estatísticas da ONU, quase 50% das crianças com cinco anos ou menos não possuem certidão de nascimento, o que as torna invisíveis para o Estado. No mundo todo, são mais de 600 milhões de crianças nessas condições, sendo que elas estão espalhadas principalmente nos países mais pobres.

Esse é o caso da Moldávia, um dos países mais pobres dos Leste Europeu, onde a renda mensal média é de apenas US$135. Lá, as péssimas condições e falta de documentação das crianças facilitam o trabalho dos traficantes de humanos. A Organização Internacional de Migração (OIM), desde de 2011, já ajudou mais de 3,4 mil vítimas na Moldávia, das quais cerca de 10% eram crianças.

Segundo estimado pela OIM, cerca de 40% das crianças da Moldávia foram deixados com outros parentes, geralmente avós, por pais que precisavam ir para outros países em busca de emprego. Em geral, essas crianças acabam por não serem devidamente assistidas, o que as torna ainda mais suscetíveis.  As crianças são levadas até fronteira com documentos falsos e então são vendidas para prostituição ou para o mercado de órgãos, por exemplo.

Além disso, a miserável condição da população permite que os traficantes consigam atrair meninas com promessas de salários e vida melhores. Centenas de meninas de até 13 anos são levadas para países como Rússia, Turquia, e outros para trabalharem como escravas sexuais.    

Tecnologia de Blockchain a favor da humanidade

Diante desse cenário, agentes da ONU, Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e World Identity Network (WIN) se associaram para iniciar um projeto de Blockchain para parar o tráfico de humanos. 

Assim, a ONU realizou, em março, uma competição denominada “Desafio Global da Blockchain for Humanity”, durante a qual a ConsenSys, empresa de tecnologia de software Blockchain fundada em 2015 pelo empresário Joseph Lubin, foi eleita para projetar um sistema de identidade a fim de ajudar a combater o tráfico de crianças.

O objetivo é auxiliar o governo moldavo criando uma identidade digital segura para crianças do país, armazenando os dados em uma plataforma digital descentralizada compartilhada por uma rede de computadores. Um sistema baseado em Blockchain, que ligaria identidades das crianças com outros membros da família.

A Moldávia, em parceria com a ConsenSys, pretende lançar um piloto do projeto anti-tráfico ainda esse ano este ano.

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