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Quartz mostra armazéns secretos da Xapo

Correspondentes do jornal Quartz visitaram o armazém secreto da empresa de Bitcoin, Xapo, nas montanhas suíças, mostrando como a instalação funciona por fora e por dentro.

O reservatório da Xapo é um bunker militar desativado em uma montanha de granito perto da costa leste do lago Lucerna. Ele foi construído em 1947, e durante toda a Guerra Fria, abrigou o escritório secreto do exército suíço. Nas paredes internas do bunker, ainda existem alguns mapas detalhados de rádios antigos, que no passado eram militares.

Quartz mostra armazéns secretos da Xapo. BTCSoul.com

O empresário argentino, Vinces Casares, fundador da Xapo, alegou que foi graças à ele que seus primeiros Bitcoins foram adquiridos pelo CEO da Microsoft, Bill Gates, e pelo co-fundador do LinkedIn, Reed Hoffman.

Por razões de segurança, a localização exata do bunker é mantida em segredo, sendo que/ apenas os clientes mais ricos têm acesso a ele. A empresa não divulga o número de Bitcoins armazenados no bunker, mas sabe-se que os depósitos de alguns clientes são estimados em milhões de dólares.

Deve-se entender que os Bitcoins no repositório Xapo não são armazenados literalmente. Na verdade, o bunker protege as chaves criptográficas privadas com uma função de assinatura múltipla. Obter acesso não autorizado a tais chaves privadas é semelhante a um roubo, passível de medidas de segurança mais elevadas.

“Estamos sendo atacados 24 horas por dia, 7 dias por semana. Esta não é uma corrida, é um jogo de xadrez. É necessário prever a próxima jogada do oponente. Nunca se pode relaxar”, diz o chefe da segurança da Xapo, Carlos Rinzi.

Quartz mostra armazéns secretos da Xapo. BTCSoul.com

O próprio bunker é protegido pela Deltalis, que possui um data center de cerca de mil metros quadrados. Os servidores que armazenam as chaves estão localizados a uma profundidade de 320 metros dentro da montanha de granito.

A entrada do bunker é uma fachada de concreto que sobe pela montanha. No interior, há uma sala de espera, onde cada visitante é cuidadosamente verificado. Na recepção, os visitantes são fotografados e a partir daí, emitem um passe biométrico. Depois disso, o visitante entra em um cilindro estreito de vidro à prova de balas – do tamanho de uma cabine telefônica fechada – até que o operador abra a porta do lado oposto.

Quartz mostra armazéns secretos da Xapo. BTCSoul.com

No final do túnel, o visitante repousa em duas portas vermelhas de aço pesado, que, como garantido pela Xapo, podem suportar uma explosão nuclear. Atrás dessas portas, está uma parte do data center, que só pode ser acessado através de outro cilindro de vidro superprotegido.

O próprio centro de dados é pequeno. Há uma porta mais fina e depois outra. O que está por trás dessa porta é inacessível a qualquer pessoa, exceto os funcionários da Xapo. É estritamente proibido tirar fotos lá.

Quartz mostra armazéns secretos da Xapo. BTCSoul.com

Carlos Rinzi, no entanto, disse que há mais dois quartos: o escritório do operador e a “sala fria”.

Esta última é cercada por placas de aço que formam uma gaiola Faraday – que protege o conteúdo da probabilidade de pulsos eletromagnéticos que os hackers podem usar para destruir os dados.

Quartz mostra armazéns secretos da Xapo. BTCSoul.com

É na “sala fria” que as chaves dos Bitcoins são mantidas. Ninguém – incluindo o operador – possui acesso a ela. A “sala fria” abriga equipamentos que nunca estão conectados à Internet, e são usados para assinar Bitcoins. A transação pode ser executada offline. O operador se refere a este equipamento usando um sistema de cabo especial e enviando dados criptografados para o equipamento assinar. Antes que um acordo seja aprovado, outras duas assinaturas devem ser feitas em outras duas instalações localizadas em outros continentes.

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