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Desenvolvedores de Oyster Protocol reiniciarão projeto após roubo de US$300 mil

O pouco conhecido token Oyster (PRL) subiu nessa sexta-feira, dia 2 de novembro, em mais de 1.300%, como resultado de transações suspeitas na corretora Coinsuper e de uma parada nas negociações em outras plataformas.

O pouco conhecido token Oyster (PRL) subiu nessa sexta-feira, dia 2 de novembro, em mais de 1.300%, como resultado de transações suspeitas na corretora Coinsuper e de uma parada nas negociações em outras plataformas. Isso foi precedido por um escândalo em torno do projeto, no qual seu fundador e arquiteto-chefe do sistema, Bruno Block, desempenha um papel fundamental.

Como disse o atual chefe do protocolo Oyster, William Cordes, alguns dias atrás, Bruno Block usou a backdoor de um contrato inteligente e se apropriou de cerca de três milhões de tokens PRL. Depois disso, ele transferiu esses tokens para a corretora KuCoin e os vendeu por US$300 mil.

“Descobrimos que foi usada a função transferDirector embutida no contrato inteligente do Oyster Protocol. Esse recurso permitiu que ele reativasse o IRL PRL e emitisse novamente os tokens (1 ETH = 5 milPRL / .04 por PRL)”, especificou um post no blog do projeto datado de 30 de outubro.

Como explicou William Cordes, embora o contrato inteligente tenha passado por três verificações independentes, Bruno Block insistiu que eles poderiam ser gerenciados a partir de qualquer endereço.

“Este contrato foi escrito pelo próprio Block especialmente para esta ICO na época em que ele era o único membro da equipe. Bruno era o único que poderia mudar o proprietário do contrato no âmbito do próprio contrato. Após nossa análise, estamos inclinados a acreditar que foi Bruno Block quem fez isso para contornar os procedimentos KYC que a KuCoin está lançando no dia 1 de novembro”, acrescentou Cordes.

De acordo com uma investigação interna, após a criação dos tokens, eles foram enviados a uma corretora e trocados por BTC e ETH e nem a equipe da Oyster nem a equipe da corretora conseguiram interromper as transações, já que tudo aconteceu em apenas 6 horas.

O endereço de Bitcoin associado a essas transações recebeu 22 transferências que totalizaram 70.73449286 BTC em um único dia. Existe também um endereço de Ethereum, no qual as últimas quatro grandes transações totalizaram 186, 175, 177 e 515 ETH, respectivamente.

Todos esses eventos ocorreram no dia 30 de outubro e, como enfatizou Cordes, representaram uma operação extremamente cuidadosamente planejada por Block. Em particular, ele não apenas realizou todas as transações antes da introdução de procedimentos KYC na KuCoin, o que resultou em um limite de retirada de fundos de 2 BTC diariamente para usuários não verificados, mas também fez isso em um momento em que a maioria dos funcionários da corretora estavam offline.

Dois dias depois, no dia 1 de novembro, Bruno Block contatou William Cordes. Capturas de tela com a correspondência deles no Telegram foram postadas no blog do projeto.

Na conversa, Block admite ter roubado dinheiro e explica isso, entre outras coisas, com a caída no preço do Ethereum de US$1,2 mil para os atuais US$200. Além disso, citando a situação com o Tether, ele afirmou que toda a indústria de criptomoedas é uma enorme pirâmide financeira, e que o Bitcoin em breve custará US$20, enquanto que o Ethereum retornará a US$5.

Segundo Block, ele queria contratar mais pessoas para desenvolver o projeto, mas por conta do declínio do mercado, não conseguiu. O fundador também acusou Cordes do uso de informações privilegiadas e afirmou que esse último foi demitido. Finalmente, ele tentou justificar suas ações mais uma vez, falando do desejo de proteger sua esposa e filhos do inevitável colapso financeiro que poderia acontecer a qualquer momento.

Juntamente com essas declarações, Block mais uma vez acusou Cordes de uso de informações privilegiadas, desta vez no canal oficial do projeto no Telegram, que, em seguida, foi removido.

“Atenção a todos…
Então William disse à equipe que nossos tokens seriam negociadas na Binance. A partir desse momento os problemas começaram. O preço subiu de 2 para 26 centavos. Eu falei contra a negociação de tokens, mas ele não se importou. Eu não permiti que ele e seus amigos de fundos de capital de risco c*gassem em vocês e c*guei nele”
, escreveu Block.

Cordes, por sua vez, disse que o projeto faria um depoimento às agências de aplicação da lei, e alegou que estava trabalhando ativamente com advogados e que já tinha contratado um detetive particular.

A equipe do projeto também lançou novos canais do Telegram, através dos quais a comunicação com a comunidade é mantida.

Os eventos continuaram na sexta-feira, dia 2 de novembro, quando o preço do PRL inesperadamente subiu – em poucos minutos, o ativo foi de US$0,028 para US$0,051. Neste caso, a razão para isso foi uma atividade incomum na corretora Coinsuper. Até então, a negociação em outras corretoras onde o PRL está presente, incluindo a KuCoin, já havia sido suspensa.

A taxa média ponderada do PRL, de acordo com a CoinMarketCap, aumentou 1335,93% nas últimas 24 horas.

Na Coinsuper o mesmo indicador foi de + 1674.05%

A equipe da Oyster quase imediatamente reagiu ao que estava acontecendo, dizendo que eram volumes falsos não estavam relacionados ao projeto. Os representantes do projeto também entraram em contato com a administração da Coinsuper, e a negociação em PRL na plataforma foi logo congelado.

Existem planos para relançar o projeto no futuro, e para este fim, os desenvolvedores planejam fazer um snapshot da Blockchain no momento de parar as negociações na KuCoin.

Além disso, de acordo com o anúncio no Reddit, nos dias 5 e 6 de novembro, desenvolvedores do projeto realizarão uma sessão de perguntas e respostas, durante a qual responderão a todas as questões da comunidade.

O projeto Oyster foi desenvolvido para proprietários de sites e permite que eles recebam renda pelo armazenamento de arquivos. O serviço funciona com base na tecnologia IOTA Tangle. Os usuários fornecem seu poder de computação em vez de visualizar anúncios.

Continuaremos acompanhando a situação.

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